terça-feira, 31 de agosto de 2010

Hora livre? Que tal um roteiro cultural?

A visita guiada à Biblioteca Nacional (BN) é uma ótima programação se você estiver fazendo uma hora no centro do Rio. Aliás, só na Av. Rio Branco e arredores há uma série de centros culturais que valem a pena ser visitados, como o Centro Cultural da Caixa, CCBB, CCJF, entre outros. A visita à BN dura entre 30 e 40 minutos e custa apenas R$2 (pelo menos no dia em que eu fui). Isso mesmo! Mais barato do que um refrigerante!
Como o local não é um museu, a visita é mais voltada para explicações sobre o funcionamento da Biblioteca e curiosidades das obras guardadas (as mais interessantes ficam em cofre e só são disponibilizadas em caso de pesquisa justificada). Por exemplo: há um “facsimile” (reprodução idêntica ao original) da Bíblia impressa por Gutenberg. E ainda há muitas outras curiosidades, que você precisa conferir por si só...
As visitas guiadas acontecem três vezes por dia (creio que de segunda a sexta). Também há visitas especiais em inglês e para estudantes. Outra iniciativa bem legal é que a BN realiza atendimento ao usuário não residente no Rio de Janeiro, por meio de telefone, fax e e-mail. Site: www.bn.br.

Um último registro: você pode dar um pulo sozinho na Biblioteca ou organizar um passeio em família. Por que não? Quando eu realizei a visita, tinha um casal de fora do estado do Rio que estava com dois filhos pequenos. Fiquei realmente emocionada com a iniciativa dos pais e o bom comportamento das crianças, que tiveram a oportunidade de curtir um dia agradável, saboreando do conhecimento e se divertindo com o desenrolar de conversas saudáveis.

Não sei se você sabe, mas o escritor Carlos Drummond de Andrade era frequentador assíduo da Biblioteca Nacional. Como ele costumava sentar na mesma mesa pra fazer suas leituras, pedia a um funcionário para retirar a pessoa que estivesse ocupando o “seu lugar”. A mãe, então, brincou que se o escritor estivesse ali hoje, pediria para ele se retirar. Mas depois corrigiu o comentário lembrando que a ação poderia incorrer em um problema muito sério. Quem sabe não interromperia um momento criativo e de genialidade do poeta? Aí, acrescentou, em relação à filha:
“Depois ele poderia escrever um poema em sua homenagem, com o nome: A menina que sentou na minha mesa” (ou algo assim...).

E o que você costuma fazer quando tem um tempinho sobrando? Você curte um roteiro cultural? Dê a sua dica pra gente.

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